domingo, 26 de dezembro de 2010

Não se brinca com a religião !

Um ex-terreiro conhecido da Grande São Paulo especializado em atendimentos que revertem recursos financeiros para seus sócios (dirigentes), organizou uma festa inusitada...
Seria muito mais engraçado se não fosse tão trágico e vergonhoso para a religião de Umbanda, mas uma lição interessante que serve para muitos.
Cansados de organizar festas religiosas onde apenas a homenagem aos “guias”, regada a muita bebida, comida e afins já não satisfaziam os egos, decidiram fazer algo diferente: um concurso de Miss Pomba-Gira ... é isso mesmo, Miss Pomba-Gira.
As interessadas fizeram suas inscrições e no dia marcado para o evento lá foram elas, desfilarem seus modelitos no melhor estilo “PG Fashion”...
Haviam supostas pombas-giras de todos os tipos e de todos os lugares. Com vestidos dos mais variados onde as cores negro e vermelho eram as principais.
Inicia-se o evento com abertura religiosa, cânticos, enfim tudo o que uma gira séria merece, e no centro do terreiro uma passarela adornada com rosas vermelhas aguardava o desfile das moçoilas.
Supostas incorporações, mistificações, etc, todas já devidamente bem abastecidas e brindando com suas garrafas de champagne na mão, inicia-se o desfile. Qual será a mais sexy? E a mais vulgar? Aliás vulgaridade é apelido...
De repente, no auge da festa uma médium da própria casa, já em estado de incorporação, mediunizada por uma verdadeira Irmã Pomba-Gira, pede um pouco de álcool para um “trabalho”.
Sabe-se lá como, inicia-se um pequeno incêndio que rapidamente toma uma proporção incontrolável... Gritos histéricos, correria, choro e graças ao bom Deus, os ferimentos causados nas pessoas ficaram na casa das queimaduras de primeiro e segundo graus.
O terreiro foi praticamente destruído.
Viu só, foram brincar com coisa séria...

Laroiê Exú!

Brahma, a número 1 !

Terreiro todo enfeitado com plantas naturais, médiuns já uniformizados para os trabalhos e começa a gira que seria a tradicional festa em homenagem ao Pai Oxóssi.
Pouco depois da abertura, canta-se para a descida dos Caboclos e os cambonos começam a serví-los com seus instrumentos de trabalho e material ritualístico.
Todos já em terra, serviço de cambonagem quase terminando, os Caboclos já firmando seus pontos, acendendo suas velas, quando de repente um dos “caboclos” faz um sinal para uma cambona e pede-lhe que traga sua cervejinha...
Quando a cambona retorna, leva um susto ao tentar servir o dito caboclo e esse, rejeitando em alto e bom som aquela bebida que lhe era servida, dizendo e acenando com o dedo indicador levantado em puro sinal de consumismo moderno:

- A MINHA É BRAHMA!

Só faltou dizer “a número 1”...

(História enviada por um leitor)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Explosão? Só se for da panela de pressão!

Nessa mesma caminhada com os exús, ocorreu uma coisa inacreditável...
No meio da procissão noturna, um exú diz para o povo:
-Explodiu! Vocês ouviram?
Todos os exús responderam que sim. Menos eu, que não entendi nada.
Não tinha ouvido barulho nenhum, nem menos explosão!
Quando chegamos no terreiro, uma das cambonas disse:
-Vocês nem sabem o que aconteceu? A panela de pressão explodiu! Era frango para tudo que é lado!
Ai eu me toquei da explosão que eles haviam falado. A explosão da panela de pressão...
A cambona disse:
-O senhor vai me ajudar a limpar, né?
E o exú respondeu gargalhando:
-Eu não. Isso é axé pro meu cavalo! hehehe
Coisas que ocorrem nos terreiros da vida...

Laroiê Exú!


O cachorro medroso !

Numa noite dessas, tivemos um evento com os exús. Certa hora da noite, eles foram fazer um passeio pelos cruzeiros do bairro. Era eu e mais 5 exús andando pela noite.
Só que a cachorrada estava demais. Por onde a gente passava, era aquela barulheira...
Então um dos Exús me disse:
-Olha só negão, preste atenção!
Então o Exú se escondeu e chegou de mansinho até um cão quase louco de tanto latir.
Quando o bicho olhou pro exú, tomou um baita susto, parou de latir e saiu correndo num choro só!
A exuzada caiu na gargalhada!
O cachorro sumiu de nossa vista, e podemos continuar a nossa caminhada em paz (nenhum outro latiu mais!).

Laroiê Exú!