quinta-feira, 7 de abril de 2011

Olorogum, a quaresma umbandista.

O Olorogum acontece sempre no período da quaresma católica, logo depois do carnaval, terminando justamente no sábado de aleluia, onde começa o início do ano litúrgico para o povo do santo.

Geralmente neste período os terreiros de nação fecham seus quartos de santos, despacham ecós e esvaziam as quartinhas. Neste periodo não se dança para os orixás, nem se arria seguranças de balé etc...
São 32 dias de Olorogum, onde acreditamos que os orixás saem para a guerra. Passado este período, ou seja, exatamente após os 32 dias, no dia de Oxum (sábado), às 10 horas da manhã se faz uma mesa com oferendas (frentes para todos Orixás) na porta do salão e algumas casas imolam para receber os Orixás de “volta”.
Este ritual chamamos de “Maleme” (o dia do perdão), que compreende o dia em que os orixás retornam da “guerra” em paz, cansados e devem ser recebidos com uma mesa farta).
É despachada a mesa, as quartinhas e os ecós refeitos. Acende-se velas, fazemos a chamada geral aos Orixás e abre-se o quarto de santo de novo.
O Olorogum não tem nada a ver com sincretismo. É um ritual africano, que em um período do ano todos os orixás, convocados por Olorum, vão a “guerra” para defender a criação, inclusive de si próprios e de seus elementos. Este período tem 32 dias de total ausência dos Orixás do mundo terreno. Isto não é novidade e nem sincretismo, este mito já tem mais de 6 mil anos de crença e continua até hoje.
Por esse motivo nesse período os africanistas, ficam “recolhidos” mas isso não significa desprotegidos.

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